Escolha sua unidade

Artigos E Notícias

O CRISTÃO NO MUNDO DOS NEGÓCIOS

Antes de desenhar uma relação do cristão com o mundo dos negócios, é preciso saber: O que é esse ambiente? De que é formado? E por que ele existe? Pode-se formular muitas outras perguntas com relação à definição dos termos, mas somente isso bastaria para se fazer uma analogia do cristão com o mundo. 

Dentre muitos nichos sociais que compõem a estrutura da sociedade em geral, temos o “mundo dos negócios”, ou “mundo corporativo”, ou ainda “mundo empresarial”, termos sinônimos entre si. Definem-se como um ambiente de trabalho formado por diversos setores (Administração, Engenharia, Marketing, Recursos Humanos, Produção etc.), conectados entre si por uma atividade econômica, e que possui um propósito fundamental (sua razão de ser), com prospecção de crescimento, tanto pessoal como coletivo e que, por sua vez, está firmado por um código de conduta. É nesse ambiente que o ser humano passa 1/3 de sua vida, influenciando e sendo influenciado em suas relações sociais. 

Dentro desse “mundo” diversificado de relações sociais, onde de um lado: a liderança e a gestão, com suas visões, regras e metas; e de outro: os colaboradores e suas necessidades; surgem, inevitavelmente, os conflitos e tensões, inerentes aos processos. Para complicar um pouco mais, os líderes e liderados trazem de “fora” do mundo corporativo problemas pessoais que podem engessar ainda mais as engrenagens sociais e profissionais da organização, trazendo desconfiança, insegurança e medo. A gestão de qualidade, de pessoas e negócios não tem medido esforços para formatar organizações dentro de requisitos humanistas.  

Aonde chegaremos com isso? Caminhemos mais um pouco... É nesse contexto que a competitividade entre empresas e concorrentes passa por cima do respeito, da honestidade, dos valores éticos e morais, que são argamassas para se construir qualquer sociedade. A hierarquia entre líderes e liderados é obedecida por causa de um organograma, e não por reconhecimento dos subordinados. Quando a ambição por cargos e salários fala mais alto, o mais forte e esperto prevalece, não por mérito, mas por meios inescrupulosos. Enfim, o que se deve manter a todo custo são os lucros da organização e os postos de trabalho. 

Contudo, não tem como falar da relação do cristão no mundo dos negócios sem relacioná-lo com a mordomia cristã. O empresário ou colaborador de uma empresa que se diz cristão, além de obedecer a lei normativa que rege seu “status quo”, é regido pela lei da Palavra de Deus, ou seja, as Escrituras. Tudo que diz respeito em sua vida precisa passar pelo crivo da Bíblia.   

A palavra “mordomo” tem sua origem no latim – major domus –, que quer dizer: administrador de uma casa. A palavra grega mais comum, frequentemente no Novo Testamento, é “oikonomos” (TENNEY, 2008, p. 377). O “oikonomos” denotava primariamente “o administrador de uma casa ou propriedade”, formado de oikos, “casa”, e nemo, “arranjar, organizar” (VINE, 2002, p. 800). Essa palavra é mais traduzida como “despenseiro”.  

Na teologia bíblica, chamamos de mordomia cristã a verdade fundamental de que Deus é o Criador e sustentador de todas as coisas. Isso quer dizer que Ele é o dono de tudo, e nada nos pertence. Temos o costume de nos enxergar como donos das coisas, mas na verdade somos simplesmente mordomos, chamados para administrar, guardar, cuidar daquilo que o Senhor tem deixado sob nossa responsabilidade (Gn 2:15). Somente o cristão sabe disso.  

Pergunta-se: O empresário cristão pode sonegar impostos? Pode pagar propina? Ter funcionários sem carteira assinada? Ser mal pagador? Não oferecer condições dignas de trabalho? Coisas que a curto prazo podem alavancar substancialmente os resultados financeiros de uma empresa, mas a médio e longo prazos serão uma tragédia para esta instituição.  

Os princípios bíblicos de fidelidade, justiça, retidão, equidade e obediência, que norteiam o cristão na Igreja de Cristo, devem ser igualmente aplicados pelo empresário cristão no mundo dos negócios, por uma simples razão: se este administra e cuida dos negócios de seu Senhor, deve seguir as normas do seu Senhor (a Palavra de Deus).  

Quando Cristo ensinou sobre o Reino de Deus e a importância da fidelidade, usou a administração dos bens como ilustração na “parábola dos talentos” (Mateus 25.14-30); “das minas” (Lucas 19.12-27); do “mordomo infiel”. 

Apesar da graça comum ter alcançado empresários não-cristãos inescrupulosos que prosperam diariamente, isso não justifica jamais o empresário cristão agir da mesma forma. Seus valores estão firmados naquilo que ele é em Cristo, não naquilo que ele tem de bens; sua identidade e dependência está em Deus, “porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal” (1 Pedro 3.17).  

Dessa forma, independentemente dos lucros e proeminência financeira, por meio de sua vida, é fundamental sempre dar testemunho fiel de Jesus Cristo no mundo dos negócios, dando glória a Deus. 

 

- Pr. Milton Fernandes – Pastor Auxiliar 

Mais publicações

JONAS ANDANDO COM DEUS

14 de novembro de 2024

Ler artigo completo

JONAS VOLTANDO PARA DEUS

08 de novembro de 2024

Ler artigo completo

COMO SOBREVIVER AOS DIAS MAUS?

07 de novembro de 2024

Ler artigo completo

"SOMOS TODOS TEÓLOGOS"... SERÁ?

05 de novembro de 2024

Ler artigo completo

FUGINDO DE DEUS

01 de novembro de 2024

Ler artigo completo

MARIA MADALENA: “ELE RESSUSCITOU DENTRE OS MORTOS”

25 de outubro de 2024

Ler artigo completo

MARIA, A MÃE DO SENHOR

18 de outubro de 2024

Ler artigo completo

A SERVA DE NAAMà – ELE O CURARÁ DA SUA LEPRA

11 de outubro de 2024

Ler artigo completo

RUTE, A MOABITA – O TEU DEUS É O MEU DEUS

04 de outubro de 2024

Ler artigo completo

O SENHOR VOLTARÁ TRIUNFANTE

27 de setembro de 2024

Ler artigo completo

Onde estamos

Saiba como chegar
a unidade desejada
R. Nestor Soares de Melo, 15 - Palmares, Belo Horizonte