E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12.2)
Em nosso contato diário com o celular, mensagens motivacionais são presença certa para qualquer um que está online nas redes sociais. Algumas são interessantes, chegam até a motivar por um momento, mas muitas são inócuas ou até cômicas.
Apesar de populares, essas mensagens servem de alimento para a mente e para a alma tanto quanto um gostoso bombom ou brigadeiro para o físico: parece alimentar, mas não demoramos a descobrir que fazem mais mal que bem. Pode parecer algo simples, sem maiores consequências, mas, na verdade, nossa mente e nossas emoções são tão alimentadas por aquilo que vemos, lemos e sentimos no dia a dia como nosso corpo é alimentado por aquilo que comemos e bebemos.
O salmista parecia já entender a dinâmica do que verdadeiramente edifica a alma quando declarou ao Senhor que a revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples. (Salmos 119.130). Talvez por isso o apóstolo Paulo, ao escrever aos romanos, os alerta para o perigo de se deixar a mente à mercê de uma ministração duvidosa.
O mundo constantemente nos entrega informação que serve de formação para nosso interior e, se não formos intencionais naquilo que servimos nossa mente, seremos moldados a formas que não reconhecemos. Paulo vê a necessidade de não se conformar a este século, não deixar que os valores deste mundo, estranhos à Palavra de Deus, lentamente formatem nossa vida em algo longe da boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
A preocupação do apóstolo é porque, uma vez nascidos de novo em Cristo Jesus, nós temos a mente de Cristo (1 Coríntios 2.16), e viver algo diferente disso é estar fora dessa perfeita vontade. Contudo, essa mente renascida precisa ser constantemente forjada à luz de sua nova realidade, como quem diariamente alimenta seu corpo para ganhar saúde. Essa renovação da mente vem mediante um estilo de vida, e não de atos isolados:
- Leitura, meditação e estudo da Palavra de Deus é na Bíblia que encontramos não só a vontade de Deus para nós, mas ouvimos a voz de Deus e com Ele nos relacionamos. Essa leitura precisa ser constante, ora por meio de porções pequenas, devocionais, ora com porções maiores, num mergulho de estudo meticuloso e piedoso. A Bíblia faz parte da revelação da pessoa de Deus a nós e ela tem poder para moldar nossos pensamentos e caráter.
- Oração e adoração Deus não é um monumento ou totem, mas o nosso eterno Criador, que nos conhece e que enviou Jesus Cristo para que, por meio dEle, tivéssemos um relacionamento restaurado com o Pai. A oração e a adoração podem assumir várias formas: uma conversa íntima, um clamor, petições, confissões, louvores... e nessa riqueza de expressões nós mergulhamos neste vasto relacionamento que não conhece limites.
- Jesus Cristo Deus nos planejou, como filhos, para sermos parecidos com nosso irmão mais velho, Jesus, e o Espírito Santo cuida de revelar a pessoa de Jesus a nós, gerando fé em nosso coração. Ler a Bíblia e orar sem ter Jesus como o centro de todas as coisas é ler e orar para si mesmo. Jesus é o autor e o consumador de nossa fé (Hebreus 12.2), e em nenhum outro há salvação. Ele é, acima de tudo, nosso Senhor absoluto!
Deus nos chama a uma vida de vitória e o primeiro inimigo a ser subjugado está dentro de nós. Na força do Espírito, pela fé em Jesus Cristo e num relacionamento com o Pai pela Palavra e oração, somos renovados e transformados para experimentar essa vitória dia após dia.
- Pr. Luís F. Nacif Pastor Auxiliar