Deus é a origem do bem: Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança (Tg 1:17). Não existe um lado sombrio em Deus, quer seja no sentido figurativo ou moral. Não há mal em Deus! A bondade está tão intimamente conectada a Deus que toda sua essência ou caráter resulta em atitudes de amor, justiça, generosidade e bondade. Ele age de acordo com o que Ele é em seu Ser.
Cristo, o Filho de Deus abriu mão de toda sua honra e glória celestial a nosso favor, e nós, de igual modo, deveríamos nos doar, nos entregar pelo bem de outras pessoas. Devemos ser como Cristo, dar continuidade à prática do bem Porque, se há boa vontade, será aceita conforme o que o homem tem, e não segundo o que ele não tem (2 Co. 8:12). Como cristãos estaremos sempre diante de grandes deveres, e é claro, diante também de grandes bênçãos. Os deveres vêm à proporção dos privilégios. Ele nos orienta para que cumpramos deveres e obrigações, visando a glória de Deus e expansão de Seu Reino neste mundo, pois temos sido enriquecidos pela sua bondade e por suas multiformes bênçãos.
Como posso entregar-me pelo bem de outras pessoas? Ser generoso é acrescentar algo ao próximo, e não se limita apenas aos bens materiais. Somos chamados por Deus para glorificar a Cristo, servir mutuamente, e estimular uns aos outros ao crescimento, por amor a Deus e ao próximo. Assumir-se como pessoa cristã é comprometer-se com o corpo de Cristo - que é a igreja, que ganha visibilidade na igreja local (1º Co 12); é buscar cumprir os propósitos do reino de Deus na sociedade, com o objetivo de propiciar condições para a plena realização da pessoa humana em relação a si mesma, ao próximo, à Criação e ao Deus Vivo, revelado em Cristo Jesus. O Servo de Cristo é cidadão de duas pátrias: terrena e celestial. Vive em dois mundos, mas sabe que apenas um permanecerá.
Uma das partes mais importantes na vida cristã é a administração correta e fiel dos bens materiais, que Deus tem colocado à nossa disposição, assim como, todos os dons, que enriquecem a nossa vida. Portanto, a graça salvadora de Cristo não permite de maneira alguma o relaxamento no cumprimento dos nossos deveres, pelo contrário, aumenta a nossa responsabilidade espiritual para com a Igreja e o próximo.
As Escrituras nos exortam a fazer o bem a todos, principalmente aos domésticos da fé. Esta responsabilidade do cuidado, que inclui também a ação social é de cada pessoa crente (individual) e da igreja (comunitária), a fim de serem modelo para a sociedade e a igreja ser uma sociedade, uma alternativa para o mundo e no mundo.
A generosidade inclui investimento financeiro, é claro. Não exclusivamente, mas esta é uma maneira concreta. Dizimar e ofertar são maneiras de fortalecer e generosamente abençoar a expansão da pregação do evangelho, missões e ação social através de sua igreja local.
Entregar o dízimo e dar ofertas daquilo que se ganha são privilégios e expressões de nossa generosidade, obediência, amor e fidelidade ao Senhor. São verdades que estão expressas no Antigo e no Novo Testamento. Embora o Novo Testamento nos instrua que tudo (100%) pertence a Cristo.
A prova de obediência e fidelidade na entrega dos dízimos é muito fácil, se comparada ou em relação a outros testes da vida cristã. Infelizmente podemos constatar, com tristeza, que muitos têm fracassado no teste do dízimo. A fidelidade na contribuição é um termômetro bastante preciso na vida do crente. Quando o crente não está bem espiritualmente, a generosidade some e o primeiro impacto recairá na sua fidelidade a Deus. Os dízimos e ofertas, muitas vezes, são retidos e até mesmo esquecidos.
A generosidade por meio de dízimos e ofertas deve ser tratada nas igrejas locais. Pastores e líderes devem ensinar continuamente esta verdade. Há mais de 36 passagens na Bíblia que empregam a palavra dízimo, e várias outras indicam a prática de dizimar e contribuir para a Obra de Deus.
Na Oitava Igreja, Graças a Deus, temos tido o privilégio de ensinarmos sobre dízimos e ofertas (sendo o dízimo como parte do conjunto de deveres cristãos e não encarado como forma de pagamento pelos benefícios recebidos de Deus); de termos crentes dizimistas fiéis e ofertantes; de administrarmos com zelo e temor a Cristo esses bens, vermos e fazermos, louvado seja Cristo, muitas coisas, como de fato temos feito, para a Glória do Senhor e bênçãos sobre muitos.
Mesmo em tempos difíceis, seja a generosidade de cada um de nós conhecida através dos nossos dízimos e ofertas. Esses são métodos divinos de contribuição e legítimas expressões de generosidade.
Renato Laranjo