Assim também nós, quando éramos menores, estávamos escravizados aos princípios elementares do mundo. Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei, a fim de redimir os que estavam sob a lei; para que recebêssemos a adoção de filhos (Gálatas 4:3-5).
De acordo com o texto de Gálatas, tudo foi preparado por Deus para o advento do nascimento de Jesus. Quando recorremos à história, a convergência de fatos direciona para o nascimento de Jesus. Todas as nações tiveram sua participação, direta ou indiretamente. Vamos analisar somente três: 1) Os judeus contribuíram com sua cultura, religião, os revolucionários, dispersão e as sinagogas; 2) Os gregos, com sua língua e cultura; 3) Já os romanos, a Pax Domani, estradas, religião estatal, organização política e cultura.
Tudo isso chamamos de plenitude dos tempos, que significa basicamente o momento apropriado, de acordo com o decreto de Deus, para que Sua vontade seja cumprida. Isso quer dizer que a plenitude dos tempos é quando as estações precedentes estabelecidas por Deus se completam, ou seja, é o tempo certo. Então, a plenitude dos tempos marca o cumprimento de um período.
Explica W. Hendriksen, a expressão plenitude dos tempos tem a ver com toda a Era do Novo Testamento; particularmente com o período que teve início com a ressurreição e coroação de Cristo. Em harmonia com o texto de Gálatas, o Senhor Jesus Cristo veio na plenitude dos tempos trazendo redenção ao povo eleito de Deus, e hoje, exaltado, Ele governa o universo. Isso quer dizer que já na presente Era, tudo o que há nos Céus e na terra, seja material ou espiritual, está sob o domínio de Cristo.
Essa preparação para o nascimento de Jesus, também completamos para o seu grande advento: SUA SEGUNDA VINDA. Nada será um acaso, tudo está dentro da perspectiva de Deus. Aproximadamente cinquenta dias após Jesus ter sido levado aos Céus, Pedro prega seu sermão, no dia de Pentecostes, citando Joel com uma expressão não pronunciada por Joel: últimos dias; essa expressão refere-se à era presente da história redentora, da primeira vinda de Cristo (Hebreus 1.2; 1 Pedro 1.20) até o Seu retorno. Diante das Escrituras, tudo que se passa na atualidade é dentro da soberania de Deus. Jesus deixou bem claro sobre Sua segunda vinda. Marty Lloyd Jones disse: Aqueles que conhecem a Bíblia não deveriam estar surpresos com o estado atual do mundo.
Jesus alertou aos homens para que observem os sinais que antecedem Sua Segunda Vinda. Alguns sinais são: catástrofes da natureza, o surgimento de falsos cristos e falsos profetas, guerras, fome etc. Estamos vivendo os momentos cruciais da história humana, e a Igreja não pode ficar indiferente.? É, pois, momento de despertar e de fazer escolhas corretas, pois o Fim se aproxima.
1. Catástrofes naturais.?Os desastres naturais foram profetizados por Jesus no Sermão Profético de?Mateus 24.12: o sol escurecerá, a lua não dará a sua luz, as potências dos céus serão abaladas, terremotos em vários lugares, fome, pestes... (Mt 24.7,29,30). Já podemos ver alguns desses sinais se cumprindo. Estejamos vigilantes!
No capítulo 24 de Mateus, vemos que Jesus, ao falar a respeito do Fim, cita os dias da geração de?Noé?(Mt 24.37). Naqueles dias, as pessoas estavam desapercebidas, vivendo como se não houvesse o Dia do Juízo.
2.? Aumento de rebeliões e conflitos.?Jesus menciona também o rompimento da Paz ao falar a respeito de guerras, rumores de guerras, nação contra nação e reino contra reino (Mt 24.6-7). O princípio de dores seria marcado por um crescente processo de rebelião e conflitos de todas as ordens. As guerras foram e são constantes em muitas nações. Em 2014, por exemplo, uma pesquisa realizada pela?ONU?(Organização das Nações Unidas) entre 162 países demonstrou que somente onze países não estavam envolvidos em guerras e conflitos. Os embates entre Israel e Palestina são travados desde 1940, tendo como principal causa o controle da Palestina. No dia 07 de outubro deste ano, o mundo acordou com uns dos ataques mais cruéis da história, quando o grupo Hamas invadiu o território israelense.
De acordo com o Ministério da Saúde palestino, no dia 26 de outubro de 2023, o número de mortos já chegava a 8.536. Atualmente, com o aumento do ódio, maldade e rebelião, temos visto também guerras e conflitos não somente entre as nações, mas no meio das famílias. Os casos de violência contra mulheres e crianças crescem a cada dia. A violência na vida familiar e social vem aumentando de maneira vertiginosa. Diante de tanta crueldade, podemos afirmar: O FIM DE TODAS AS COISAS ESTÁ PRÓXIMO!
- O aumento da maldade.?O período que antecede a volta de Jesus será marcado por grandes tensões nunca vistas antes. Sabe por quê? A Bíblia?tem a resposta: Porque o diabo desceu a vós e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo (Apocalipse 12.12). Por isso, Jesus previu o aumento das ações diabólicas, como aparecimento de falsos cristos e falsos profetas (Mt 24.5,11; 1 João 2.18), além de perseguições aos crentes (Mt 24.9) e da multiplicação da iniquidade. Atualmente, temos visto o avanço da Igreja, mas também o crescimento das atividades satânicas.
Já está próximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração (1 Pedro 1.7). Pedro e os outros?apóstolos perceberam que tinham se aproximado dramaticamente da consumação do plano de Deus para o mundo. A referência de Pedro ao Fim está expressa por um verbo em um tempo perfeito no texto grego. Isso significa ação envolvida em uma realidade presente, com consequências futuras. Para o apóstolo Pedro, o fim do século era uma realidade presente. Poderíamos, com igual exatidão, interpretar: Já começou o fim de todas as coisas.
A primeira vinda de Cristo deu início à consumação dos séculos (Atos 2.14-20; Hebreus 1.2); a segunda vinda a concluirá (Mt 24.30). Portanto, toda a era da Igreja pode ser considerada como os últimos dias. As Escrituras também falam do fim como um evento futuro. O apóstolo Paulo predisse: [ ] nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos (2 Timóteo 3.1). O versículo inicial de Apocalipse faz referência às coisas que brevemente devem acontecer (Ap 1.1,3).
As Escrituras também apresentam a vinda de Cristo como uma realidade iminente. Portanto, estejamos preparados. Jesus vem, e com poder!
- Denílson Maia - Presbítero