Agora vos declaro, irmãos, o evangelho (grego: euangelion) que vos anunciei, o qual também recebestes, no qual também estais firmes, pelo qual também sois salvos, se retiverdes firmemente a palavra que eu tenho pregado para você, a menos que você acreditasse em vão. (1 Coríntios 15.1-2)
Paulo foi o pastor-fundador da igreja em Corinto. Ele passou 18 meses trabalhando entre eles (Atos 18.11), e foi ele quem primeiro tornou essas pessoas cientes da morte, ressurreição e ascensão de Cristo.
No uso secular, as pessoas usavam euangelion para as boas novas de uma vitória na batalha - ou para a recompensa dada a um mensageiro que trazia a palavra da vitória. No Antigo Testamento, a palavra hebraica mebasser é semelhante à palavra euangelion e significa um arauto de boas novas (Isaías 40.9; 52.7-10; 60.6; 61.1).
O Novo Testamento usa euangelion para as boas novas do perdão dos pecados e a promessa da vida eterna por meio da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo. Paulo usa alguma forma de euangelion quase 50 vezes em suas epístolas.
O apóstolo trouxe boas novas com ele para Corinto e as proclamou em todos os lugares na sinagoga, na oficina, no mercado. Entender o que é o Evangelho é fundamental para que avancemos e vençamos.
- O Evangelho é uma boa notícia, não um bom conselho. O Evangelho não é fundamentalmente um modo de vida. Não é algo que fazemos, mas que foi feito por nós e ao qual devemos responder;
- O Evangelho é uma boa notícia que anuncia que fomos resgatados e salvos. E fomos resgatados de quê? De que perigos fomos salvos? Ao olharmos para a mensagem do Evangelho no Novo Testamento, vemos que fomos resgatados da "ira vindoura" no fim dos tempos (1 Tessalonicenses 1.10). Mas essa ira não é uma força impessoal: é a ira de Deus. Deixamos de nos relacionar com Deus; nosso relacionamento com Ele foi rompido.
- O Evangelho é uma boa notícia sobre o que Jesus fez para restaurar o nosso relacionamento com Deus. Tornar-se cristão diz respeito a uma mudança de condição. Lemos em 1 João 3.14: já passamos da morte para a vida e não que estamos passando da morte para a vida. Ou você está em Cristo, ou não está; ou está perdoado e aceito, ou não está; ou tem vida eterna, ou não tem.
O Evangelho não diz respeito ao que fazemos, mas ao que foi feito por nós; mesmo assim, o Evangelho resulta em um modo de viver completamente novo. A graça e as boas obras precisam ser tanto distinguidas quanto associadas. O Evangelho, seus resultados e suas implicações precisam estar cuidadosamente relacionados entre si.
A crença no Evangelho nos leva a evangelizar, cuidar dos pobres e a participar ativamente em nossa cultura. Lloyd-Jones ressalta que tornar-se cristão é uma mudança no relacionamento com Deus. Quando cremos e descansamos na obra de Jesus, ela transforma instantaneamente nossa posição diante de Deus. Passamos a estar "nEle".
A exemplo do apóstolo Paulo, precisamos proclamar o Evangelho para todas as pessoas e em todos os lugares, pois só assim cumpriremos a grande comissão de ir e pregar o Evangelho a todas as pessoas.
- Pr. Roberto Santos Pastor Auxiliar