Certa vez, Jesus foi arguido por um fariseu - profundo conhecedor e intérprete da Lei Mosaica - com a clara intenção de colocá-lo à prova: Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? (Mateus 22.36). Ao que Jesus lhe respondeu, citando textos da própria Lei: O grande e primeiro mandamento é: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de toda a tua força e de todo o teu entendimento. (Mt 22.37-38; Deuteronômio 6.5). E continuou: O segundo, igualmente importante, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. (Levítico 19:18b). Jesus encerrou o questionamento afirmando que toda a Lei e todos os ensinamentos dos profetas se baseiam nesses dois mandamentos.
Dentre os 10 mandamentos dados por Deus a seu servo Moisés, quatro remetem à nossa relação com o próprio Deus e seis nos remetem à nossa relação com o nosso próximo. Mas o que significa amar o próximo como a nós mesmos?
João, em sua primeira carta, nos ensina que nós podemos amar porque Deus nos amou primeiro, incondicionalmente, enviando o seu Filho amado como sacrifício definitivo pelos nossos pecados. E assim como Deus nos amou, devemos amar uns aos outros. (I João 4.9-19). E continua: ... aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. (I Jo. 3:20).
Paulo, escrevendo aos Colossenses, nos instrui: Uma vez que Deus vos escolheu para ser o Seu povo santo e amado, revistam-se de compaixão, de bondade, de humildade, de mansidão, de paciência ... assim como o Senhor vos perdoou, perdoem-se uns aos outros ... acima de tudo, revistam-se do amor, que a todos une em perfeita harmonia. (Cl. 3:12-14)
Amar ao próximo é uma instrução simples, mas ao mesmo tempo profunda. Amar ao próximo significa tratar os outros com respeito, consideração, compaixão, deixando de lado nossos próprios interesses. É a essência do amor de Cristo. É um convite para sermos menos egoístas e mais empáticos em nossas relações com as pessoas, seguindo o exemplo de Jesus.
- Pb. Newton Romero - Presbítero