No finalzinho do livro de Tiago, encontramos a descrição de um profeta que ele o descreve como sendo um modelo de homem de oração fervorosa. Uma das experiências narrada por Tiago faz alusão a uma ocasião em que o profeta em meio a decadência moral, espiritual e social da nação de Israel ora fervorosamente para que não chovesse sobre a nação e durante três anos e seis meses não caiu uma gota se quer de água naquela região e novamente ele ora e desta vez a chuva caiu abundantemente e a terra produziu os seus frutos (Tg. 5.17,18).
Mas o que fez Tiago citar o nome do profeta Elias como exemplo de homem de oração, já que o achava tão humano quanto somos? Elias era humano como nós. É animador sabermos que a pessoa que Tiago cita como exemplo de oração era humano como eu e você, uma pessoa frágil como nós, sujeita às mesmas pressões e tentações que nós, apaixonado como nós. Ele orou.
O significado de Elias para nós transcende em muito a extensão aparente do pequeno trecho do Velho Testamento (1Rs. 17 a 2Rs. 2) que contém a sua história. Há várias características totalmente singulares em Elias que contribuíram para que ele se tornasse um exemplo de homem de oração fervorosa.
1. Ele tinha uma convicção inabalável que Deus vive. Esta convicção era baseada, não em teoria teológicas, mas em experiência pessoal.
2. Elias vivia constante na presença de Deus. Ele estava à disposição de Deus em todo o tempo; o propósito da sua vida era fazer a vontade de Deus.
3. Elias tinha uma experiência total com a Palavra de Deus e uma subordinação a ela. A palavra de Deus vem ao profeta (1Rs. 17.2). Ele realmente ouve de Deus e não confia nos substitutos da sabedoria, experiência, treinamento ou conhecimento. Ele não prepara uma palavra, mas ele tem a palavra de Deus.
4. Elias via o invisível e discernia a atividade e a intenção de Deus. Ele anunciava em fé antes do acontecimento (1Rs. 18.41). Ele faz acontecer na terra aquilo que viu no invisível.
Elias nos ensina que nada, absolutamente nada, pode nos impedir de orar fervorosamente, nem mesmo as nossas fraquezas e paixões, desde que as apresentemos a Deus em constante comunhão, o que implica orar, conhecê-lO e obedecê-lO. Sua vida nos inspira que precisamos orar crendo que Deus ouve e atente à oração dos seus filhos. Como Elias, precisamos orar para que vontade de Deus se cumpra à nossa volta. Portanto, oremos como Elias.
Pr. Roberto T. Santos | prroberto@oitavaigreja.com.br
