(Atos 2.42-47)
O convívio entre os seres humanos inflamou as emoções desde o início da humanidade. Estar em sociedade não quer dizer que se faz parte da comunidade, ou não existiriam os marginais. Viver em uma cidade não significa ser cidadão, ou não haveria os indigentes.
Ser membro de uma igreja não significa que obrigatoriamente se está em comunhão. Entender o que é ser membro do Corpo de Cristo ultrapassa o mero frequentar uma igreja.
Entrar nesta esfera de comunhão é entender primeiramente que no ensinamento do Senhor, na doutrina que nos foi entregue, está a ordenança de reunir, congregar.
Ao congregar, não podemos esquecer o motivo central desta reunião, que é a glorificação de Jesus, as boas obras, o exercício dos dons espirituais e tudo o que compete à comunhão.
Tudo isso fica fácil e só é possível quando o fazemos no poder do Espírito Santo. O cuidar, cobrir as necessidades, interceder, confessar pecados, suprir as carências só é foco da Igreja quando cheios do Espírito.
Precisamos do Espírito de Deus para que as práticas espirituais e a comunhão dos Santos sejam um meio de Graça aplicado à Igreja. E tudo isso desemboca no cuidado uns com os outros.
Quando Deus traz nas Escrituras o termo uns com os outros, fica claro o amor de Deus por nós e o que Ele quer que vivamos. Como é manifesta a bondade de Deus nessas palavras!
Esse cuidado expressado em boas obras é o jeito de Deus mostrar ao mundo como se deve viver. A Queda que dividiu a humanidade e a lesou com um narcisismo doentio fez com que não olhássemos para o outro com olhar cuidadoso.
Enxergar as necessidades, ouvir os corações, perceber as dificuldades, colocar-se no lugar do outro, fazer ao outro o que gostaríamos que fizessem conosco é a prática de Deus tomando lugar em nossos corações de maneira pedagógica.
É por Deus que somos ensinados a viver como deveríamos. Isso é o ensino dos Apóstolos. O Ensino de Cristo. É pelo poder de Deus, no Espírito Santo, que somos capacitados a cuidar uns dos outros no amor de Cristo Jesus.
Sem Ele, nada podemos fazer. Por isso, o mundo não faz. Mas nós, sim!
- Pr. Bruno Barroso Pastor Auxiliar
