Escolha sua unidade

Artigos E Notícias

Administre com sabedoria as bênçãos recebidas

“Também não se venderá a terra em perpetuidade, porque a
terra é minha; pois vós estais comigo como estrangeiros e peregrinos.” (Lv
25.23)

Ao estudarmos o povo de Israel na Bíblia, especialmente seu
estabelecimento na Terra Prometida, é impressionante o fato de receberem no
conjunto de leis (veja Êxodo e Levítico) instruções para a condução da adoração
ao Senhor, para o funcionamento da nação e para a boa conduta moral do povo.
Ler a Lei da Torah (os cinco primeiros livros de Moisés) é um exercício de
garimpo de pedras preciosas para nossa vida.

O estabelecimento do Jubileu, a “parada das paradas” em
Israel, é um manancial não só de ensinamentos para nossa vida, mas também do caráter
de Deus revelado a seu povo. A cada cinquenta anos, as propriedades deveriam
ser todas devolvidas a seus donos originais. As terras compradas voltariam às
famílias que originalmente as possuíam. Os escravos hebreus deveriam ser
libertos e retornariam para suas casas. O toque da trombeta do Ano do Jubileu
deveria ser um momento de justiça, equidade e liberdade.

Levítico 25.23 traz de forma bem sucinta o conceito desse
trato das terras. A ordem do Senhor era: “não se venderá a terra em
perpetuidade”, ou seja, a venda tinha prazo de validade, e esse prazo era o Ano
do Jubileu. Quem comprava um pedaço de terra o fazia sabendo que o devolveria
no Jubileu (e pagava de acordo com esse prazo).

Há, entretanto, três motivos que embasam essa afirmação
divina, com importantes lições para nossa vida moderna. Vejamos:

• “Toda a terra é minha”. Apesar da sensação de posse da
terra por parte dos israelitas, Deus estava deixando bem claro quem era o dono
da terra. Ele havia levado o povo para um lugar que Ele havia mostrado e que
Ele mesmo providenciara sua entrada e conquista. Ao povo de Israel cabia o
usufruto da terra, mas não a posse definitiva. Assim, ao negociarem suas terras
entre si, as pessoas deveriam ter em mente que o faziam com aquilo que era do
Senhor. Essa mesma consciência precisa estar também em nós. Aquilo que
conquistamos em nossa vida não o conquistamos por nós mesmos, nem para nós
mesmos. A consciência de que tudo vem do Senhor e pertence a Ele muda a nossa
perspectiva do que temos e para o que o temos. Se é dele, então só podemos
usá-lo para sua glória, segundo sua vontade.

• “Estrangeiros e peregrinos”. Ao se estabelecer na Terra
Prometida, Israel corria o perigo de achar que, de agora em diante, tudo
deveria convergir para eles. Tinham terra, plantações, proteção... agora, que
um grande guarda-sol fosse estendido e uma rede esticada para descansarem.
Afinal de contas, não era isso que o Jubileu significava: o descanso dos
descansos? Mas ao falar sobre o descanso, a Bíblia deixa claro que não é uma ausência
de atividade. O descanso bíblico é uma atividade de renovação, visando um fim
muito claro: a restauração da humanidade. Assim, enquanto os planos de Deus não
fossem plenamente cumpridos, nós seríamos não donos das terras recebidas, mas
peregrinos e estrangeiros sobre as mesmas. O destino final era outro e a Terra
Prometida era apenas o palco para algo muito maior que estava por vir, a
chegada do Messias. Igualmente, aguardamos hoje o retorno do Messias, e somos
também conclamados a viver nossa vida como estrangeiros e peregrinos (1 Pe
2.11), não tendo como alvo o acúmulo de bens, mas a glória daquele que abençoa.

• “Vós estais comigo”. Se não possuímos o que temos, nem
vivemos o descanso onde estamos, como podemos suportar tamanha instabilidade de
vida? O versículo é claro: O Senhor é a nossa segurança. Sua presença é a nossa
estabilidade. Ele não espera que vivamos com tamanho desprendimento às nossas
próprias custas e forças. Ele não esperava isso do Israel do Antigo Testamento
e também não espera isso de nós, hoje. Enquanto Israel entendeu essa verdade e
caminhou na segurança do Senhor, foi próspero e vitorioso. Quando se afastou
dos caminhos do Senhor, experimentou angústia e instabilidade. Não é diferente
conosco, nos dias atuais.

Hoje, Jesus é o nosso Jubileu. Somos estrangeiros e
peregrinos por Ele e com Ele caminhamos, pois dele é a promessa: “eis que estou
convosco todos os dias” (Mt 28.20).

Pr. Luís Fernando Nacif Rocha · Pastor Auxiliar

Mais publicações

JONAS ANDANDO COM DEUS

14 de novembro de 2024

Ler artigo completo

JONAS VOLTANDO PARA DEUS

08 de novembro de 2024

Ler artigo completo

COMO SOBREVIVER AOS DIAS MAUS?

07 de novembro de 2024

Ler artigo completo

"SOMOS TODOS TEÓLOGOS"... SERÁ?

05 de novembro de 2024

Ler artigo completo

FUGINDO DE DEUS

01 de novembro de 2024

Ler artigo completo

MARIA MADALENA: “ELE RESSUSCITOU DENTRE OS MORTOS”

25 de outubro de 2024

Ler artigo completo

MARIA, A MÃE DO SENHOR

18 de outubro de 2024

Ler artigo completo

A SERVA DE NAAMà – ELE O CURARÁ DA SUA LEPRA

11 de outubro de 2024

Ler artigo completo

RUTE, A MOABITA – O TEU DEUS É O MEU DEUS

04 de outubro de 2024

Ler artigo completo

O SENHOR VOLTARÁ TRIUNFANTE

27 de setembro de 2024

Ler artigo completo

Onde estamos

Saiba como chegar
a unidade desejada
R. Nestor Soares de Melo, 15 - Palmares, Belo Horizonte